segunda-feira, julho 17, 2006

- onde é que eu te procuro, para além de em mim...?




"Amo-te..."...foi um engano. Adorava-te, sim, do fundo de todo o meu ser, do meu não existir sem ti. Adorava-te, de tal maneira irracional que confundi com o amar, sentimento esse que o nosso mundo hoje desconhece, por ignorância.
Esses casalinhos estupidos (perdoem-me os mesmos) de hoje. Não conseguem continuar sobre a adversidade. "É dificil", já ouvi essa historia, dizem uns deles. Mas nada na vida se mostra facil; como tudo, é somente facil ver o dificil. Olham um para o outro e não procuram um futuro em consonância, mas prosseguem uma prospeção a fazer, a encontrar uma falha qualquer que conduza ao mais belo e "facil!" exterminio de uma relação, acabar de um passado lembrado.
Não, não sabes o que é o amor, sei-o eu. Porque o senti, não por ti, não por mim...talvez por mim mesmo, pela minha vida contigo que tive de suportar, sem o corroer da alma que decidiste começar, sem fim à vista. Por isso, e muito mais, desculpa, tive que te matar; a tua existência teve que morrer em mim. Agora me parece inusitado, tudo o que nós fizemos, porque não conseguiste ver para lá do "sorriso".
Hoje, hoje não há amor. Há momentos de grande paixão. E a chama apagar-se-á com a mais leve das brisas, com o mais fraco suspirar de uma consideração indevida e sem objectivo; uma chama que nos correu na alma, mas que tu não deixaste chegar à fogueira do teu coração...que ninguém, digamos de passagem, esteve toa perto de queimar.
Sou dos poucos especimes desta raça, que "sobrevive" neste vale ventoso que é o mundo de hoje.
Onde é que está o romance? Tudo é uma ligação fisica, um depencia de outro para com outro para si mesmo. Onde é que está o romance? que me pode, que nos pode ajudar a ultrapassar a linearidade? Já não existem aventureiros, rangers da contradição, já não existem. Étudo fácil, tem que o ser. Mas, no meio disto tudo, onde é que está o romance?! se ninguém o procura...
Ninguém perceb, ninguém quer sequer perceber, porque não é algo explicavél. Simples e puro, na sua imensa complexidade, para quem o sente sem razão. Inconcebível, para os que nele pensam por demasia. É a minha teoria.
O romance do momento, deixemo-nos levar por ele, porque recusa cepticismos para com o quão exuberante ele é!
Onde é que está o romance? Não o procures, não o busquem, porque o não vão conseguir encontrar. Está dentro de mim, esconde-se, e não to vou mostrar.
Porque não te amo...





Nuno de Sá Lemos
17/07/2006

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