Uma noite, provavelmente, um dia, na verdade
Hei-de entrar nesta irmandade,
Que te existe…
Nesta pequena e secreta união
Que cravaria os nossos corações
Com um simples arranhão.
Qual masoquismo…
Um dia, mas tendo mais para a noite
Eu vou-me deixar do que me dá açoite
Na cara quando me aproximo de ti
E depois, em minhas espaldas, se ri
Uma manhã, qualquer uma delas,
(Desde que fria e solitária)
Conseguirei ser eu mesmo…
Para que não sejas tu mesma?
Ou actuar o que me não é
Para ver como o teu eu,
O que o outro Senhor te deu,
É…,
Naquele dia em que se fez luz
Na total claridade…
Vai gozar com outro, mulher,
E vem a mim!
Deixa-te disso!
Inconsciente, tu és!
Não percebes que a nossa batalha
Já foi perdida por uma gralha!
Em vez de sofrermos Juntos com a mesma,
Tentas corrigir o tempo…
Nuno de Sá Lemos
07/02/2007