Solidão gelada...
Solidão do frio,
Conforto do gelado,
Incómodo do toque,
Para o lado meter,
Mas nunca acabar de esconder...
O que sentes, ninguém percebe..
Ninguém persegue
Mais o que te sucede...
Dentro da alma,
Lendo-te a palma,
Foiçando a tua calma,
Chego eu, qual possuido
Pelo meu ego mais conseguido.
Qual enfermo,
Que te poe termo,
Ao mais estafermo
Sentir de cerdo!!!
Chego a tua cor à minha...
Perdes o porfavor
Para findar o pavor,
E começas ao tacto...
Sabe-me a baunilha
Do teu cabelo
Aquilo que tu partilhas,
Aquilo de teu mais belo...
Procuram mais por ti,
Nada fiz para estar em ti...
So te percebem...
Eu não compreendo ninguém.
A tacanhez
a fantástica pequenez
deste nosso povo burguês
consegue esperar pela vez
do teu latir português...
Ah!...posso te pedir,
Mas não é sincero...
Posso te "perseguir",
Mas não é porque quero...
É porque há o que mande.
Nuno de Sá Lemos
18/10/2006
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